No Brasil, é previsto o aumento das secas no Nordeste, Amazônia e Centro- Oeste.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, o aumento da temperatura global pode chegar a quase 2ºC entre 2023 e 2027, e isso representa dificuldades na produção de alimentos. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) relatou que as ondas de calor continuarão pelos próximos meses, mas de maneira menos agressiva.
Em 1950 os primeiros eventos climáticos extremos foram notados, como ondas de calor e secas a nível global que trouxeram consequências como a redução da produtividade e a dificuldade de planejamento da produção a partir da sazonalidade climática. O clima é responsável por 30% do desempenho da produção de alimentos, podendo prejudicar o desenvolvimento das plantas e a qualidade das pastagens.
O clima é o fator mais imprevisível mesmo sabendo sobre seu risco natural e inerente a ele.A alteração na produção de hortaliças, pescados e na reprodução dos animais, resulta no aumento de 25% a 35% do preço de carnes, leite e peixes, mais desperdícios e uma confusão no sistema de produção de alimentos. A temperatura da água, por exemplo, é essencial para o cultivo de peixes, que precisam de oxigênio para fazer a digestão da ração. Quando a temperatura da água se eleva, ocorre que a diminuição da solubilidade de oxigênio e o peixe não se alimenta de maneira habitual.
A brusca mudança das temperaturas pode ser visto na agricultura no aumento do uso de fertilizantes e agrotóxicos devido a resistência de pragas. O café, por exemplo, sofre da falta de adaptação ao calor, uma vez que precisa de temperaturas amenas para o cultivo. Além disso, as condições de trabalho também são afetadas pela exposição ao sol
O uso de bioinsumos e a introdução do Sistema de Plantio Direto em hortaliças, por exemplo, é uma maneira de mitigar os efeitos climáticos neste tipo de produção. Esse sistema consiste na cobertura do solo, que cria proteção para a condução da planta e conserva a umidade.