Conheça o desenvolvimento e os avanços da agricultura no Brasil
O início do desenvolvimento agrícola como conhecemos hoje é marcado pela Revolução Verde, que se consolidou no Brasil na década de 1960. O movimento impactou positivamente a produção de alimentos e trouxe transformações a nível global através dos Planos Nacionais de Desenvolvimento que se voltaram para a pesquisa, desenvolvimento agrícola e produção, com destaque para a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA, 1973).
A agricultura brasileira é responsável por 24,8% do PIB nacional e vem crescendo cada vez mais em decorrência da disponibilidade de recursos naturais, principalmente terras planas, política governamental, notadamente crédito rural; agricultores competentes e empreendedores; e tecnologia agropecuária tropical e subtropical desenvolvida no País (Embrapa, 2020)
No cenário internacional o Brasil ocupa a quarta posição como exportador de grãos, como arroz, cevada, soja, milho e trigo e através da soja, café, suco de laranja e carne bovina. Tais produtos agropecuários são denominados commodities por serem justamente produzidos em escala internacional, com qualidade e características homogêneas.
Além de abastecer o mundo, o Brasil se destaca também no uso de tecnologias e redução de impactos ambientais, como a expansão da agricultura para outras áreas, grande área agricultável e clima e relevo boas práticas agrícolas, elevado grau de profissionalização, incentivos governamentais como o financiamento de órgãos de pesquisa que fomentam a inovação da cadeia produtiva, desenvolvimento de sementes adaptadas à condições climáticas, entre outras. Por outro lado, o mercado interno brasileiro também é aquecido devido a demanda interna.
Devemos destacar também a complexidade das operações agrícolas modernas no dia a dia do campo, como:
- dificuldade de implementação de novas tecnologias e dificuldade que algumas localidades têm de acessar a internet;
- falta de capacitação técnica para a utilização de alguns equipamentos;
- resistência ao uso e implantação de novas tecnologias;
- aquisição de softwares de gestão e
- utilização de equipamentos de maneira correta.
Além do grande desafio do produtor entender a economia de mercado. Tais desafios demonstram certa resistência em tornar a agricultura brasileira ainda mais competitiva.
Existem ainda outros gargalos que devem ser superados, como logística e transporte e armazenamento de grãos deficitários, ausência de políticas governamentais de estocagem mínima visando a segurança alimentar nacional, elevada tributação sobre a produção, mudanças climáticas, que tendem a tornar mais severos os fatores externos, dependência da importação de fertilizantes, a volta do diálogo entre Estados Unidos e China, que estremece as relações internacionais do Brasil com seu maior comprador de soja, riscos fitossanitários, entre outros.
Podemos concluir que nos últimos 40 anos os investimentos voltados à agricultura foram capazes de mudar a economia nacional e transformou o cenário mundial em relação a oferta e demanda de alimentos, passando a incluir o Brasil nessa esfera. É preciso estar sempre atento a novas ferramentas, como a Agricultura 5.0 que contempla o uso de inteligência artificial e maneiras de torná-las mais acessíveis a qualquer produtor, seja ele de pequena ou grande escala. É preciso também atender as demandas sociais e ambientais com a mesma força que a econômica, para que nos tornemos mais democráticos e referência também em outras áreas.
